Segundo um levantamento feito pela Universidade de Cambridge, no Reino Unido, o bitcoin consome mais energia do que toda a Argentina.
A mineração da cripto consome cerca de 130,9 Terawatt-horas por ano, enquanto a Argentina consome 125 Terawatt-horas por ano.
Fonte: BBC/Divulgação
Mas, qual a relação entre a mineração de criptomoedas e todo esse consumo de energia?
Para minerar, é necessário realizar cálculos extremamente precisos e sofisticados, feitos através de computadores e aparelhos que realizam transações e processos 24h por dia.
A estimativa é que o consumo tenha sido de 121,36 Terawatts-hora (TWh) por ano e, para você ter ideia, um Terawatt equivale a 1 bilhão de kilowatts.
Ainda assim, o bitcoin não chega nem perto do gasto energético anual de diversos setores, como o bancário, por exemplo, mas tem levantado o debate sobre o real impacto ambiental dado ao alto gasto energético.
Segundo o diretor de produtos e parcerias da Transfero, Safiri Felix, todas as grandes indústrias consomem energia.
“O que o Bitcoin está fazendo é estimular o desenvolvimento de fontes de energia mais eficientes e mais sustentáveis.”
Energia limpa e a mineração de criptomoedas
Com a relação entre consumo e a preocupação com os gastos energéticos e seus impactos, um atenuante chega para somar e acrescentar ao debate.
A expectativa é que os preços do Bitcoin aumentem ao longo dos próximos ano, assim como o número de criptomoedas em circulação e, como consequência, o consumo de energia.
No entanto, segundo relatório da Arcane Research com os dados do BMC, isso não é algo a se preocupar, já que a mineração de bitcoin é mais verde do que a gente imagina.
Segundo o levantamento, 57,7% da energia elétrica utilizada para minerar bitcoins vem de fontes renováveis como eólica, solar, hidrelétrica e fontes emissoras de CO2, mas com compensação em créditos de carbono.
Since #Bitcoin miners have economic incentives to utilize renewable energy, their sustainable power mix is estimated to be 58% – almost three times higher than the world average.
Learn more in our weekly market report: https://t.co/tj905x0elW pic.twitter.com/D2kI4f8Nj1
— Arcane Research (@ArcaneResearch) October 29, 2021
“Desde que os mineradores de Bitcoin começaram a receber incentivos econômicos para utilizar energia renovável, o poder de sustentabilidade no setor é estimado em 58%, quase três vezes maior do que a média mundial.”
Os números positivos têm uma explicação além de todo o consumo energético:
- As principais fazendas de mineração estão localizadas na China, que tem como principal matriz energética o carvão;
- Com a crescente procura por máquinas de mineração e mais pessoas entrando nesse mercado, a tendência global é que mineradores passem a se instalar em lugares que ofereçam energia limpa e barata;
- Nos Estados Unidos, por exemplo, começaram a se formar bolsões de mineração de bitcoin, alimentados por energia solar, eólica e hidráulica, somados aos incentivos na compra de equipamentos específicos para mineradores.
Ainda nesse caminho, um novo acordo foi firmado para reduzir a pegada de carbono do Bitcoin, como objetivo de alcançar emissões zero até 2030.
O Crypto Climate Accord é a proposta montada por grandes empresas do setor de Bitcoin, que inclusive conta com a brasileira Hathor Network como aderente.
Fonte: BBC
https://www.bbc.com/news/technology-56012952
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